5. Nunca jogar no rosto do outro os
erros do passado
A pessoa é sempre maior que seus erros, e
ninguém gosta de ser caracterizado por seus defeitos. Toda vez que acusamos
a pessoa por seus erros passados, estamos trazendo-os de volta e
dificultando que ela se livre deles. Certamente não é isto que queremos para
a pessoa amada. É preciso todo o cuidado para que isto não ocorra nos
momentos de discussão. Nestas horas o melhor é manter a boca fechada. Aquele
que estiver mais calmo, que for mais controlado, deve ficar quieto e deixar
o outro falar até que se acalme. Não revidar em palavras, senão a discussão
aumenta, e tudo de mau pode acontecer, em termos de ressentimentos, mágoas e
dolorosas feridas. Nos tempos horríveis da "guerra fria", quando pairava
sobre o mundo todo o perigo de uma guerra nuclear, como uma espada de
Dâmocles sobre as nossas cabeças, o Papa Paulo VI avisou o mundo: "a paz
impõe-se somente com a paz, pela clemência, pela misericórdia, pela
caridade". Ora, se isto é válido para o mundo encontrar a paz, muito mais é
válido para todos os casais viverem bem. Portanto, como ensina Thomás de
Kemphis, na Imitação de Cristo, "primeiro conserva-te em paz, depois poderás
pacificar os outros". E Paulo VI, ardoroso defensor da paz, dizia: "se a
guerra é o outro nome da morte, a vida é o outro nome da paz." Portanto,
para haver vida no casamento, é preciso haver a paz; e ela tem um preço: a
nossa maturidade.
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